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AS
RAPOSAS GLOBAIS (Como
os Jesuítas conseguiram neutralizar a Reforma Protestante)
O objetivo da
Ordem Jesuíta sempre foi destruir o Protestantismo e o conseguiu em parte,
através de modificações na Palavra de Deus, valendo-se do liberalismo
dos pastores evangélicos, que foram sofrendo lavagem cerebral nas universidades
inglesas e americanas – Cambridge, por exemplo – durante quase cinco séculos
de penetração jesuíta nos países protestantes. Depois de promoverem tantas
guerras, a fim de destruir o povo de Deus, os Jesuítas chegaram à conclusão
de que, não conseguindo destruí-los pela força, iriam usar um método mais
suave – o da penetração – que acabaria trazendo o Ecumenismo aos países
protestantes, liquidando sua resistência às heresias do Catolicismo
Romano. Em seu livro
“Final Authority” (Cap. 13), sob o título “Entram os Jesuítas”,
o Dr. William P. Grady escreve sobre como se processou a penetração
jesuíta com o objetivo de destruir a fé genuína dos países protestantes, que
adotavam a Bíblia como sua regra de fé e prática de
vida. O Dr. Grady foi católico durante 22 anos e converteu-se a Jesus
Cristo. Hoje é um dos eruditos da
Bíblia nos Estados Unidos. O Dr. Grady
afirma que houve intensa resistência de Satanás contra a Bíblia, o qual se
valeu da meretriz de Apocalipse 17, a fim de conseguir o seu intento. As raposas
que se encarregaram de destruir a vinha de
Cristo foram os Jesuítas, mestres do engodo e da corrupção. A Bíblia ia ser
traduzida para o povo inglês, que teria em sua própria língua a Palavra de
Deus e por isso logo surgiram os problemas causados pelos inimigos do verdadeiro
Evangelho de Cristo. Vamos transmitir as palavras do Dr. Grady à nossa maneira,
certos de que Deus nos ajudará a interpretá-las da melhor maneira possível.
Fala agora, textualmente, o Dr. Grady: “Com o
projeto de tradução da Bíblia já se materializando, logo se fizeram sentir
tremores no sentido de abalar a execução dessa obra. Em 26/10/1605, uma carta
anônima foi entregue a Lord Chamberlain, em Monteagle, aconselhando-o a ficar
longe da sessão de abertura do Parlamento Britânico,
em 05/11/1605, a qual já havia sido adiada muitas vezes. Nessa ocasião
o Rei Tiago, sua família e todo o corpo parlamentar deveriam estar reunidos, no
Palácio de Westminster. A tal carta
logo foi entregue ao Ministro Chefe, Robert Cecil, Primeiro Duque de Sallisbury,
o qual, por sua vez, mostrou-a ao Rei Tiago numa audiência especial à meia
noite. Logo foi iniciada uma importante investigação para verificar a
veracidade da ameaça. Desconhecido
do Rei, quatro católicos romanos, constituído de Thomas Winter, Thomas
Percy, John Wright e Guy Fawkes, o qual era dirigido por outro papista, Robert
Catesby (1), havia feito um pacto no sentido de assassinar o Rei Tiago e todos
os membros da Casa dos Comuns. Esse juramento fora selado com um solene
recebimento da “santa comunhão” servida pelo padre jesuíta John Gerhard
(2). Exércitos já haviam sido contrabandeados, a partir de Flandres, para
facilitar o deflagrar de uma revolução aberta, logo que o Rei fosse
assassinado. Esses mercenários foram conseguidos por um amplo círculo de
conspiradores, entre os quais se incluía Sir Edward Digby e Francis Tresham
(3). “... Após
combinar com dois Jesuítas envolvidos, o Pe. Oswald Greenway (através do
confessionário) e o Pe. Henry Garnet, o Provincial dos Jesuítas ingleses,
ficou decidido um novo plano para diminuir a desnecessária carnificina. Na manhã
em que se desenrolaria a conspiração deveriam ser enviadas mensagens urgentes
aos membros pró-católicos do Parlamento, a fim de que se retirassem da rota
perigosa. A nota de Monteagle era uma das tais admoestações e fora enviada a
Lord Chamberlain pelo seu parente católico, Francis Tresham. Na madrugada
do dia 05/11/1605, os agentes de segurança britânicos notaram a presença
suspeita de Guy Fawkes (também
conhecido como Guido Fawkes), um soldado católico, o qual estava de guarda, do
lado de fora da porta da adega do Palácio de Westminster. Logo se processou uma
rápida inspeção no conteúdo da adega, quando foi feita uma descoberta
estarrecedora. Escondidos sob
uma pilha de ervas secas e carvão, colocados em baixo do local exato onde o Rei
Tiago se posicionaria dentro de poucas horas, estavam trinta e seis barris de pólvora,
que os perplexos membros do serviço secreto do Rei descobriram na inspeção.
Uma caixa de madeira inflamável com fósforos foi encontrada no bolso de Fawkes
(4). À uma hora da manhã Fawkes foi convocado a comparecer diante do Concelho
Real do Palácio Whitehall, onde apareceu voluntariamente, expressando como única
desculpa o fato de “haver ‘falhado’ em explodir o Rei escocês e seus
seguidores escoceses, atirando-os de volta à Escócia, de onde vieram”
(5). Durante a
realização do julgamento, em 27/01/1606, descobriu-se que os conspiradores
haviam conseguido uma casa ali perto e trabalhado dezesseis horas diárias,
durante quase um ano, cavando um túnel no subsolo, tentando chegar ao Palácio.
Para sua frustração, eles descobriram que os alicerces do muro ao redor tinha
nove pés de espessura. Por isso
uma segunda rota foi conseguida através de uma propriedade adjacente (6).
Após a
descoberta da conspiração, Catesby e Percy foram assassinados, ficando Fawkes
e três outros conspiradores para enfrentar o tribunal britânico, os quais
foram executados dentro cemitério da Igreja de São Paulo, na mesma semana. O
‘Dia de Guy Fawkes’ ainda hoje é
observado pelos católicos na Inglaterra. Três meses
depois foi convocado o julgamento do padre jesuíta Henry Garnet. É importante
notar que o Pe. Garnet, como Guy Fawkes, fora criado na Igreja Anglicana. Mais
uma sentença de morte foi imposta. Notem que os tradutores da Bíblia do Rei
Tiago estavam encarregados da salvação de
almas humanas, o que levou Paine a fazer o sombrio comentário: Durante o
enforcamento de Garnet, no dia 03 de maio, John Overall, Deão da Igreja de São
Paulo, tirou parte do seu precioso tempo como tradutor da Bíblia para estar
presente ao enforcamento. De maneira muito solene e cristã, ele e o Deão de
Westminster tentaram fazer com que Garnet ‘depositasse uma fé viva e
verdadeira, voltando-se para Deus, fazendo uma declaração livre e aberta ao
mundo do seu pecado, para descarregar sua consciência, demonstrando tristeza e
arrependimento do seu pecado’. Contudo, Garret, firme em suas crenças, pediu
que não o perturbassem. Depois que os homens terminaram o seu doloroso dever,
enforcando e esquartejando a vítima, o Deão Overall regressou à Igreja, para
continuar sua tarefa de traduzir a Bíblia
(7). Após ter
presenciado a macabra execução, Overall e sua equipe de tradutores do Velho
Testamento, em Westminster, continuaram a traduzir, entre outros, o verso do 1
Samuel 10:24: Viva o Rei! A aplicação
para o pastor contemporâneo seguidor da Bíblia está muito clara. Qualquer
pastor que se coloca a favor da Bíblia deve encontrar também, mais cedo
ou mais tarde, trinta e seis barris de pólvora sob os seus pés. Para o
ganhador de almas que deseja testemunhar fielmente fica a admoestação da
1 Coríntios 16:9: “Porque uma porta grande e oportuna para o trabalho se me
abriu; e há muitos adversários”. Os fiéis
corajosos ignoram as ameaças, dando preferência à injunção pastoral da 1
Timóteo 4:6: “Expondo estas
coisas aos irmãos, serás bom ministro de Cristo Jesus, alimentando com as
palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido”, combatendo a presença de
uma igreja maligna marcada por doutrinas espúrias, como a do celibato e do
jejum (1 Timóteo 4:3). O antagonismo
atual visto nas pessoas nascidas de novo é altamente significativo. Não existe
maior evidência para a atual apostasia da verdadeira fé cristã do que a
crescente aceitação das heresias de Roma por cristãos que professam ter sido
regenerados pelo sangue de Cristo. Essa frouxidão é um típico fenômeno
atual. O Dr. Thomas Holland, tradutor senior do grupo Oxford, deixou escapar
suas últimas palavras no leito de morte: “Eu
vos comando a amar a Deus,... e a superstição” (8) A própria Petição
Milenar exigiu a supressão dos “usos papistas” no Livro de Oração Comum
(9). Com esparsas referências a ‘Sua Santidade’, como sendo o homem do
pecado, o Dr. Miles Smith não hesitou em admoestar, no prefácio do livro,
contra os perigos dos “usos papais” no mesmo. (10).
Em seu livro
“Global Peace and the Rise of the Antichrist”, Dave Hunt criticou a maior
autoridade na área de família cristã que publicou um artigo identificando João
Paulo II como ‘o mais eminente líder religioso que fala em nome de Cristo’.
(13) Quando Dave
Hunt entrou em contato com o quartel general de James Dobson para uma explicação,
foi polidamente informado pelo departamento de relações públicas de que ‘o
Dr. Dobson é um psicólogo cristão, não um teólogo’. É bom saber
que, ele é também um doleiro convicto pró-Vaticano e um comprometido de última
hora. Essa bajulação
a Roma é especialmente infeliz, quando vista à luz da volumosa evidência
documentando 15 séculos de carnificina realizada pelo Vaticano. [...]
Por exemplo,
encontramos o nome Torquemada conspicuamente ausente, tanto no índice como na
seção das dez páginas que tratam da “Santa Inquisição”, no Eerdmans’
Handbook to the History of Christianity (Manual da História do Cristianismo de
Eerdmans (ps. 314-323). Com referência a esses assassinos foi declarado: ‘os
inquisidores eram não apenas zelotes agitados... Muitos eram bem educados e
devotados ao que eles consideravam ser o seu dever’. (14) Para descobrir
quem eram esses assassinos católicos, devemos ler o “Foxe’s Book of
Christian Martyrs of the World” (Livro dos Mártires de John Foxe) : Torquemada foi
um líder inquisidor até sua morte. Durante os 18 anos em que ele dirigiu o
“Santo Ofício”, 10.220 pessoas foram queimadas vivas e 97.322 tiveram suas
propriedades confiscadas ou foram aprisionadas de maneira inacreditável. Esses
dados são de Llorente, historiador espanhol da Inquisição, o qual era bem
qualificado para julgar com exatidão. (15).
Por outro
lado, a mesma publicação neo-evangélica dedica uma página inteira ao Papa João
XXIII, creditando-o, entre outras coisas, com ‘profunda, senão, tradicional
piedade’. (16) Enquaanto isso,
o Massacre do Dia de S. Bartolomeu é relegado a meras 13 palavras, num
lugar qualquer. (17) Com pelo menos
dois historiadores alistados entre
os autores contribuintes, não nos surpreendemos
que o pessoal da Eerdmans’ prefira que você leia sobre a “bondade e
testemunho” do papa João XXIII (18) a ler sobre o bárbaro massacre de mais
de dez mil cristãos bíblicos huguenotes, realizado pelos católicos romanos
sequiosos de sangue inocente, no dia 24/08/1572. (19) De todas as vítimas
papais os Anabatistas foram alguns dos que mais sofreram. No ano de 1528, Carlos
V, imperador fanaticamente católico do Sacro Império Romano (1550-1558),
proclamou um edito transformando o “re-batismo” em crime capital. A Dieta de
Speyer (de 1529) sancionou o decreto do imperador e ordenou que esses
“hereges” fossem privados de qualquer processo judicial e imediata e
sumariamente liquidados como “bestas selvagens”. Um historiador anabatista
nos deixou um legado desse movimento: Alguns eram esquartejados; outros
eram queimados até as cinzas e o pó; alguns eram assados em pilhas ou rasgados
com garfões incandescentes... outros eram enforcados em árvores, decapitados
com espadas e atirados na água... Alguns eram confinados a escuras prisões até
à morte por inanição.. Alguns considerados jovens demais para a execução
eram barbaramente açoitados e em seguida atirados em calabouços... Muitos
tinham seus queixos perfurados... Os demais eram caçados de um país para o
outro. Como corujas e corvos, que não se atreviam a voar durante o dia, freqüentemente
eles eram forçados a se esconder e viver em rochas, fendas e florestas
selvagens, ou em cavernas e despenhadeiros.
(20) Contudo, numa
última olhada ao caráter verdadeiramente demoníaco da “santa madre
igreja”, vejamos o tratamento que ela dispensava aos seus próprios membros.
No ano 897, o Papa Formoso foi levado a julgamento pelo Papa Estêvão VI, sob
acusação de ter violado certas leis da Igreja. Como Formoso não podia falar,
um diácono ficou de pé respondendo as acusações em nome do mudo acusado. O
pior é que essa não foi uma ação judicial comum.
O que a tornou especial é que o acusado fora convocado diretamente do
cemitério papal. Hibbert nos informa: O cadáver foi
vestido com as vestes papais, sentado num trono e levado a julgamento. Sendo
considerado culpado de todas as acusações que lhe eram impingidas, foi despido
das vestes papais. Os três dedos da mão direita, com os quais os papas abençoam,
foram-lhe sumariamente decepados e seus restos mortais atirados ao Rio Tibre..
(21) Quando
chamados a prestar contas dessas atrocidades, os apologistas católicos
invariavelmente se escondem atrás de retóricas, tais como: ”espírito da época”
ou “atos infelizes de uma era de
trevas” etc. Que isso é pura bobagem pode ser comprovado através de um exame
do sangue derramado pelos Católicos, em pleno século XX. Obras referentes ao
assunto, como “The Vatican’s Holocaust”, de Avro Manhattan, e “Convert ... or Die”, de Edmond Paris,
são vivos documentários de que a Igreja Católica liquidou mais de
800.000 Sérvios ortodoxos na Croácia católica durante os anos de 1940-45.
Esses totais representam 40 vezes a conta fatídica da ‘Santa Inquisição’
e do ‘Massacre do Dia de S. Bartolomeu’
juntos. Da próxima
vez em que um católico iludido tentar desmentir sua herança assassina dizendo
ser ‘coisa do passado’ peça-lhe para explicar o porquê de: 250 camponeses sepultados vivos,
no distrito sérvio de Bjelovar (22) 2.000 crianças mortas com gás
letal, no campo de concentração de Bosanska Gradiska (23) Pai e filho crucificados juntos e em seguida queimados dentro
de sua própria casa, em Mlinister (24) Mães e filhos, de até 3 anos,
empalados na mesma estaca, em Gorevac (25) Uma mãe forçada a
segurar a bacia que recebia o sangue de seus quatro filhos, quando suas
gargantas foram cortadas em Kosinj (26) Uma mãe grávida tendo o
bebê arrancado do seu útero e no lugar deste colocado um gato, no campo de
concentração de Jasenovac (27) 1.360 prisioneiros tendo suas gargantas
cortadas, numa só noite, por um só guarda (Peter Brzica), durante um sádico
concurso de cortadores de gargantas, também em Jasenovac (28). Esquartejamentos (29),
degolamentos (30), coroas de espinho (31), facas graviso especializadas em
cortar gargantas (32), colares
feitos de línguas e olhos humanos (33), confinamento de prisioneiros em quartos
cheios de sangue até os joelhos, e 10 mil outras atrocidades coordenadas pelo
arcebispo católico romano, Aloísio Stepinac, o qual rezou na abertura do
Parlamento Croata, em fevereiro de 1942, pedindo que “o Espírito Santo
descesse sobre as afiadas facas dos ustashis (exército católico de guerrilha)
(35). Conforme é sabido pelos
que gostam de ler, o papado havia perdido quase a metade da Europa com a chegada
da Imprensa de Guttemberg. Mc Clure sintetiza o assunto da seguinte
maneira: A impressão
da Bíblia inglesa provara ser a barreira mais forte jamais edificada para
conter o avanço do papado e para danificar-lhe os recursos. Originalmente
programada para atingir 5 a 6 milhões de habitantes, nos limites das Ilhas Britânicas,
a publicação logo se solidificou, firmando sua linguagem, atingindo até os
antes não alcançados e continuando a avançar, desde então, por todas as
ilhas e praias de todos os mares. (36) Tendo alcançado
possessões territoriais jamais imaginadas durante tantos séculos, o Vaticano não
iria desistir de sua luta. Em destaque estava sua perene adesão aos negócios
desta vida, conforme descrito em Apocalipse 18:12-13: Mercadoria de
ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérola, de linho finíssimo, de púrpura,
de seda, de escarlata, e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de
objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze,
de ferro e de mármore, e canela de cheiro, especiarias, incenso, ungüento, bálsamo,
vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado, ovelhas, e de cavalos, de carros,
de escravos, e até de almas humanas. No sentido de
reaver a sua “praça de mercado”, Roma se muniu de uma alta elite
para-militar semelhante à unidade da Gestapo, a qual faria Himmler parecer um
garoto de escola dominical. Deslanchando o que os historiadores chamam de
Contra-Reforma, a infame Sociedade de Jesus foi fundada por Inácio de Loyola,
em 1534. Mais comumente conhecida como Ordem Jesuíta, seu juramentado objetivo
tem sido reaver os “filhos” de volta a Roma, centralizando seus ataques no
Textus Receptus e resultantes traduções inglesas. Por causa
dessa ânsia, além de anos de treinamento militar Inácio insistiu num
arregimentado programa de disciplina, de auto-negação, e, acima de tudo, de
cega lealdade ao papa. Compreensivelmente esse resultado desejado seria obtido
através de intensos graus de lavagem cerebral. Boehmer escreve: Inácio
entendeu mais claramente do que qualquer outro líder de homens que a melhor
maneira de erguer um homem até um certo ideal é se tornar senhor de sua mente.
‘Imbuímos dentro dele forças espirituais que ele terá dificuldade de
eliminar mais tarde’. Forças mais duradouras do que os melhores princípios e
doutrinas, essas forças podem emergir novamente à superfície, algumas vezes,
após anos, mesmo não sendo mencionadas, tornando-se de tal modo imperativas
que a vontade fica incapaz de se opor a qualquer obstáculo e é forçada a
seguir o seu impulso irresistível. (37) O exército
que se dedicou à destruição da Bíblia jamais cochilou durante a noite.
Há quase 500 anos Loyola embarcou num programa que formaria o tipo atual de
agente secreto, muito superior a tudo que o mundo já tem visto. Huber
comenta: A obediência
militar não chega aos pés da obediência jesuíta. Está é mais ampla, pois
se apossa do homem total e não se satisfaz, como a outra, com o ato exterior,
mas exige o sacrifício da vontade e que seja deixado de lado o próprio
julgamento. (38) Exigindo que
todos os soldados repitam centenas de vezes
que o seu general (também chamado de Papa Negro por causa de sua batina
preta) não é outro senão o próprio Cristo, Inácio foi capaz de insistir em
que os seus seguidores devem ver ‘preto como branco’, se a Igreja assim o
declarar. (39). A nova e
impressionante Ordem de Loyola proveu Roma da necessária inspiração para
embarcar no histórico Concílio de Trento (1545-1563). Era intenção da Igreja
através desse Concílio reafirmar ao máximo a teologia medieval, ao mesmo
tempo em que pronunciava anátemas sobre todos e quaisquer dissidentes. Algumas
das mais notáveis declarações diziam respeito a: O reconhecimento do Velho
Testamento apócrifo como inspirado. A aceitação das tradições da
Igreja com autoridade igual à das Escrituras. A sanção oficial do purgatório.
O repúdio à doutrina da salvação
somente pela fé. Um trecho deste cânon assim
declarava: Se alguém
disser que somente pela fé o ímpio é justificado, exatamente desse modo, e
que nada mais é exigido... que seja anátema. Se alguém diz que Jesus Cristo
foi entregue por Deus aos homens como redentor dos que nele confiam e também não
como legislador dos que obedecem...
seja anátema. (40) De acordo com
Loyola o propósito de sua Ordem era ‘promover a maior glória de Deus’.
Isso poderia ser traduzido como a escravização de todo o planeta à indisputável
autoridade do pontífice romano. Os Jesuítas
iniciaram sua tentativa de conquistar o mundo, estabelecendo ‘casas’ nas nações
ainda favoráveis ao Catolicismo, como Itália, Portugal e Espanha. Tendo
estabelecido sua frente doméstica, ‘missionários’ como Francisco Xavier
(1506-1552) foram despachados para o Oriente e outras terras distantes, até então
não atingidas por outra fé. Contudo, a
prioridade máxima dos Jesuítas era recapturar as nações perdidas para a
Reforma Protestante. Os métodos empregados por esta Ordem clandestina são
dignos de estudo, visto como o seu objetivo final ainda permanece em operação
na América. O modus operandi da Sociedade Jesuíta pode ser delineado pelos
seus seis estágios seguintes:
1) Educação. 2) Doutrinação. 3) Infiltração. 4) Sedição. 5) Sedação.
6) Perseguição. A história dá
testemunho de que a apropriação jesuíta começa invariavelmente com o
estabelecimento de colégios e universidades exibindo até altos graus acadêmicos,
a fim de atrair de uma nação em vista os aspirantes a eruditos. Esse
estratagema inaugural de Educação não pode ser enfatizado demais. A apostasia
é concebida sempre na sala de aula. Newman informa:
Eles descobriram muito cedo a vasta importância de liderar a mais alta
educação como meio de ganhar o controle das vidas dos jovens mais habilitados
e mais bem situados, fabricando servos intelectualmente treinados aos seus propósitos...
A habilidade acentuada dos padres jesuítas, seus conhecimentos insuperáveis da
natureza humana, sua afabilidade nas maneiras e sua notável adaptabilidade às
idiossincrasias e circunstâncias de cada indivíduo, tornavam-nos praticamente
irresistíveis uma vez que entrassem em íntimas relações com a juventude
suscetível. (41)
O livre pensador Francis Bacon (1556-1626) ficou tão impressionado com
as escolas deles que disse: ‘Tal como são, gostaria que fôssemos nós’.
(42) Tendo iludido o estudante desavisado
ao exibir uma incumbência para
excelência acadêmica, os professores jesuítas perdem pouco tempo em partir
para o segundo estágio, que é a Doutrinação. Newman declara: Sem dúvida,
é provável que mais tempo tenha sido empregado em moldar os seus caracteres
religiosos e morais em completa harmonia com os ideais da Sociedade do que em
assegurar a maestria dos estudos.. Grande número dos jovens mais desejáveis
que ingressaram em suas escolas, sem intenção alguma de se tornarem membros da
sociedade, foram ganhos através do paciente esforço dos que deles ficaram
encarregados. (43) (N. T. Podemos
ler sobre este assunto no capítulo 8 da “Monita” dos Jesuítas).
Com o abandono natural de vários classes graduadas, o terceiro estágio
inevitável – a Infiltração – tem início.
Por causa do seu treinamento superior e abrasadora convicção, muitos
dos melhores graduados logo vão ocupar posições de liderança no governo, no
comércio e nas forças armadas. Newman prossegue:
Seu zelo
proselitista os impulsiona às regiões adjacentes e, através do esforço, a
ganhar de volta à fé católica os que tenham se envolvido em ‘heresia’.
Comunidades inteiras foram reavidas em tempo incrivelmente curto.
(44).
Esta absorção na sociedade secular tem sido facilitada pela única isenção
permitida à Ordem - o uso da vestimenta clerical. Edmond Paris comenta sobre
esta espantosa ordem secreta: O mesmo
acontece hoje. Os trinta e três mil membros oficiais da Sociedade operam no
mundo inteiro na capacidade do seu pessoal, como oficiais de um exército
verdadeiramente secreto, contendo em suas fileiras chefes de partidos políticos,
oficiais de altos escalões, generais, magistrados, físicos, professores de
faculdade, etc., todos eles
batalhando para realizar em sua própria esfera – a Opus Dei – em realidade
os planos do papado. (45)
A capacidade de se infiltrar com bastante sucesso tem se tornado possível
através do quarto estágio – a Sedição. Um verdadeiro jesuíta é a
personificação exata da I Timóteo 4:2: ... Pela hipocrisia dos que falam
mentiras e que tem cauterizada a própria consciência. Boettner tem
notificado que a palavra jesuítico entrou no dicionário como sinônimo de
dissimulado e hipócrita (46).
Através dos séculos,
os Jesuítas têm tornado claro que não hesitarão diante de coisa alguma, a
fim de atingir os seus propósitos de subjugar o mundo inteiro ao Vaticano. Por
causa de suas incríveis doutrinas de restrição mental e do probabilismo (uma
opinião é considerada provável se determinada autoridade puder ser conseguida
no sentido de apoiá-la), os Jesuítas podem se tornar confiáveis, até que
sejam desmascarados. Esse engodo
foi instituído muito cedo em seu treinamento, quando foram treinados no sentido
de: ... Manter suas cabeças
levemente inclinadas, sem movê-las para a direita nem para e esquerda. Não
levantar a vista e quando falam com alguém não devem fixá-lo diretamente nos
olhos, de modo a que sejam vistos apenas indiretamente (47).
É na área da política mundial que os Jesuítas mais se destacam. Sua reputação
em matéria de subterfúgio, espionagem, subversão e coisas piores é bem
conhecida pelos estudantes sérios da história. Cinqüenta e uma expulsões
documentadas dos Jesuítas pelos governos do mundo dão uma boa indicação de
que os ‘missionários’ jesuítas fazem mais do que simplesmente distribuir
folhetos. (48) De fato os
filhos de Loyola são tão diabólicos que têm sido expulsos até mesmo de países
fanaticamente católicos. Em 06.04.1762, a França lhes deu um ponta pé,
descrevendo suas doutrinas como: perversas; destruidoras de todos os princípios
religiosos e honestos; insultando a moral cristã; perniciosas à sociedade
civil; hostis aos direitos da nação, ao poder real e à segurança dos
soberanos e à obediência dos súditos; capazes de deflagrar os maiores distúrbios
nos estados; de conceber e manter a pior espécie de corrupção nos corações
humanos. (49) O segredo da
longevidade dos Jesuítas em face a tão difundida resistência por parte dos
governos tem sido a sua obstinação de entrar novamente nos países de onde
foram expulsos, onde e quando isso for possível. Lamentando esse ressurgimento
da atividade jesuíta, John Adams escreveu a Thomas Jefferson (N.T. 2º e 3º
presidentes dos Estados Unidos), em 1816: Não me sinto
feliz com o renascimento dos jesuítas. Enxames deles se apresentarão sob os
mais variados disfarces jamais usados até mesmo por um chefe dos boêmios, como
impressores, escritores, publicadores, professores escolares, etc. Se já alguma
vez uma associação de pessoas mereceu condenação eterna, neste mundo ou no
outro, essa é a Sociedade de
Loyola. De suas
numerosas práticas sinistras nenhuma é tão chocante para homens e mulheres
como a sanção jesuíta oficial ao assassinato político. Algumas linhas de
Suarez trarão luz sobre a acrimônia de Adams: É permitido a
um indivíduo matar um tirano por causa do seu direito de autodefesa. Pois
embora a comunidade não o ordene deve-se entender sempre que ela deseja
defender-se individualmente em
lugar de cada cidadão, e até mesmo de um estrangeiro... assim, após ter declarado que foi destituído de seu reino, é legal tratá-lo
como um tirano real e, consequentemente, qualquer homem tem o direito de matá-lo.
(51) Deve-se
lembrar que Suarez e seus companheiros jesuítas viam o papa e/ ou o seu general
como tendo o direito de declarar qualquer governante deposto do seu reino. Caso
um chefe de governo antagonizasse ‘sua santidade’, um simples estalar de
dedos criaria uma literal sessão de caça para o infeliz oficial (referido como
‘ministro de Deus’ em Romanos 13:4). Isso foi precisamente o que precipitou
o ataque jesuíta no M assacre do Dia de São Bartolomeu. O Almirante Coligni e
Henry de Navarre não apelaram ao papa, e, desse modo,
simplesmente externaram um ‘contrato’ sobre eles (agora se sabe
porque a Máfia procede da Itália). Intimamente
relacionada com a Sedição vem o quinto estágio do círculo jesuíta – a
Sedação. Quando se pensa no arranjo recíproco de dois conceitos, deve-se
relembrar a antiga questão de ‘quem veio primeiro – o pinto ou o ovo?
‘ Aliviar a
consciência de um membro da Igreja sediciosa é um dos meios mais vigorosos
usados pelos jesuítas, a fim de perpetuar suas próprias atividades. Esse
ministério aliviador tem sido executado através do confessionário.
Este círculo vicioso é visto quando a consciência recentemente sedada
é, então, incitada a praticar mais Sedição, a qual precisa de mais Sedação.
Newman declara: Desde o princípio
eles usaram ao máximo o confessionário como meio de dominar as almas de homens
e mulheres e obter um conhecimento dos assuntos religiosos e políticos que
servisse aos objetivos da Sociedade. Os filhos e filhas dos ricos e nobres eram
buscados por todos os meios para ficar sob a sua influência, e para tanto, logo
se tornaram seus confessores favoritos na corte imperial e, em muitas cortes
reais da Europa. Era o seu objetivo constante tornar o seu sistema confessional
tão atraente para os ricos e nobres, que sempre vinham procurá-lo
espontaneamente. Para esse fim o seu sistema casuísta de teologia moral foi
elaborado, no qual eles tinham meios de apaziguar as consciências de seus súditos,
em todos os tipos de mal feitos. (52)
(N.T. Isso pode ser comprovado no conteúdo da Monita dos Jesuítas).
Com estes
cinco passos colocados, os seguidores de Loyola já quase conseguiam ter o
caminho aberto para fazer com que qualquer nação estivesse de volta ao rebanho
papal. Restava apenas o último passo, o de “afiar as garras” através da
Perseguição. Após terem
moldado o governante à sua vontade e o transformado em instrumento
subserviente de sua política eles sempre ficaram ao lado deste ditando as
medidas a serem empregadas para a erradicação da heresia e completa reforma do
seu reino, conforme o ideal jesuíta, e sempre estavam prontos, com total
autoridade papal, a conduzir o seu trabalho inquisitorial.
(53) Enquanto as
facções protestantes ficavam enroscadas em disputas doutrinárias cada vez
mais extensas, as ágeis tropas de Loyola empregavam o seu plano sêxtuplo com o
maior sucesso, num país após o outro. Em 1550 o jesuíta
Lejay recebeu permissão do rei Ferdinando da Áustria para estabelecer um colégio
jesuíta em Viena. Dentro de um ano, quinze agentes jesuítas já estavam
perambulando pelos arredores do país. Dois anos mais tarde, Inácio instalou um
colégio especial em Roma com o fim específico de treinar ‘missionários’
para a Alemanha. Em 1556, as universidades de Ingolstadt e Colônia eram
dirigidas por professores jesuítas. (54)
Também, em
1556, o rei da Boêmia cometeu o erro de abrir-lhes a porta e as escolas jesuítas
logo foram fundadas em Praga, Tyrnau, Olmutz e Brünn. O trabalho jesuíta em
Munique teve tanto sucesso que a cidade era chamada a ‘Roma Alemã’.
(55) Com dúzias de
outros países invadidos (a Áustria, em 1550; a Suécia em 1568: a Polônia em
1569; a Bélgica em 1592, etc.) os números começaram a contar sua própria
história. Em 1626 havia um total de quinze mil Jesuítas, 476 colégios e 36
seminários. Em 1750, os números haviam pulado para 22.000 membros, 669 colégios
e 176 seminários, além de centenas de escolas menores.
(56). Para dar uma
excelente ilustração da obra destruidora forjada por onde quer que passe um
Jesuíta, consideremos o caso do Massacre do Dia de São Bartolomeu, já
mencionado. Em 1551, a rainha mãe, Catarina de Médici, permitiu que a Ordem
estabelecesse uma ‘casa’ na esquina da rua Auvergne, conhecida como Billon.
Logo a seguir, o Colégio de Clermont foi
estabelecido em Paris. No dia
24/08/1572, vários milhares de huguenotes (cristãos franceses) chegaram a
Paris para assistir o casamento do protestante Henry de Navarre (mais tarde o
rei Henrique IV) com Margarete de Valois. Mais de dez mil desses súditos leais
de Henry foram sobseqüentemente eliminados através de uma caçada noturna
ordenada pelo católico Carlos IX, rei da França. Manschreck cita a Relação
do Massacre por Dethou, conforme o relato de uma testemunha ocular: As ruas
ficaram cobertas de cadáveres, os rios tingidos, as portas e portões do palácio
salpicados de sangue. Carroças levavam os cadáveres, homens, mulheres, moças
e até mesmo crianças, para serem atirados no Sena... Spire Niquet, um pobre
encadernador, arrimo de sete filhos, foi assado vagarosamente sobre uma fogueira
de livros encontrados em sua casa e em seguida atirado quase morto, dentro da água.
Na Rua San Martin, outra mulher prestes a dar à luz havia procurado refúgio no
alto do telhado de sua casa. Após ter sido assassinada a mulher teve o seu bebê
esmagado de encontro ao muro... uma garotinha foi banhada no sangue dos próprios
pais e ameaçada com a mesma sorte, se algum dia se tornasse huguenote.
(57). Por instigação
de Catarina quatro moedas diferentes foram cunhadas para comemorar o escabroso
extermínio, a primeira delas com a efígie do Papa Gregório XIII. Dois anos
depois, o lunático filho de Catarina faleceu, com apenas 24 anos, grunhindo em
seu leito de morte: “Que banho de sangue, que assassinos! Que maligno conselho
eu segui!, meu Deus, perdoa-me...
estou perdido.” (58) Com o
crescimento do poder jesuíta os países da Europa se envolveram em constantes
guerras religiosas. No dia
11/10/1531, um exército católico de oito mil soldados esmagou a força menor
de Zwinglio (1484-1531), que contava apenas 1.500, na Batalha de Capela. O corpo
do reformador assassinado foi esquartejado e queimado numa pira de excrementos.
(59) Com a morte de
Lutero, em 1546, seus descendentes espirituais foram confrontados com um
catolicismo redivivo, na Guerra
Schmalkaldeana de 1547. Após sofrer uma derrota inicial, as forças
protestantes se recuperaram com Maurice da Saxônia, cujo resultado foi o
Tratado de Passau (1552), o qual assegurou temporariamente as liberdades
luteranas. (60). As guerras
huguenotes na França começaram em 1560 e prosseguiram intermitentes, até que
finalmente a tolerância religiosa foi concedida através do Edito de Nantes, em
1598. Em 1567, o notório
Duque de Alva chegou à Holanda para suprimir a ‘heresia’, a serviço de
Filipe II da Espanha. O banho de sangue dessa campanha foi tão rompante que uma
casa cheia de cristãos holandeses em Roterdã foi poupada, quando um dos seus
próprios habitantes criou um estratagema, assassinando um cabrito e salpicando
de sangue a parte inferior das portas fechadas da rua. Contudo, essas
campanhas foram meras brincadeiras de criança quando comparadas à Guerra dos
Trinta Anos (1618-1648). Executada principalmente na Alemanha, os antagonistas
consistiam de vários príncipes alemães apoiados pelos poderes protestantes da
Suécia, Dinamarca, França e Inglaterra contra a Casa Católica dos Habsburgo,
a qual controlava, junto ao Sacro Império Romano, a Espanha, a Áustria, a Boêmia,
a Hungria, a maior parte da Itália e a Holanda do Sul. A ubíqua ‘Conexão
Jesuíta’ foi sumariada por Newman como segue: A casa de
Habsburgo em seu ramo austríaco, no final do século XVI, havia caído
fortemente sob a influência dos Jesuítas. Como arquiduque da Stiria (a partir
de 1596), Ferdinando, que como imperador iria desempenhar um papel tão
importante na Guerra dos Trinta Anos, executou sem remorsos a política jesuíta,
na qual fora educado desde a infância, proibindo a adoração protestante,
banindo o clero protestante e colocando diante dos leigos protestantes a
alternativa de conversão ou exílio. (62)
Através
desses anos de intolerância a consciência de Ferdinando foi salva pelo seu
confessor jesuíta Viller (63). Embora a histórica
paz da Westfália, concluída em 1648, tenha sido essencialmente uma vitória do
protestantismo, as perdas gerais relacionadas a esta guerra foram incalculáveis.
Newman assim resume o holocausto induzido pelos jesuítas: A extensão da
destruição de vidas através da Guerra dos Trinta Anos não pode ser avaliada.
Se levarmos em conta as multidões que pereceram de inanição e abandono, as
centenas de milhares de mulheres e crianças que foram assassinadas nos saques e
destruição de pequenas e grandes cidades, a temível perda de vidas envolvidas
nesse acontecimento, no campo – seguindo-se as mortes causadas pela guerra –
estas somariam muitos milhões. Na Boêmia, no início da guerra, havia uma
população de dois milhões de habitantes, dos quais 80% eram protestantes. No
final da guerra, havia 800 mil católicos e nenhum só protestante. Tomando a
Alemanha e a Áustria juntas podemos afirmar seguramente que a população do país
foi reduzida à metade, senão a dois terços. E as mortes foram em muitos casos
o resultado de incontáveis sofrimentos, tão horríveis quanto se possam
imaginar. Mesmo que as cidades não tivessem sido completamente destruídas,
elas se tornaram apenas sombras do que haviam sido. Seus edifícios foram
delapidados e um grande número deles ficou desocupado. Negócios de todos os
tipos foram totalmente destruídos. A agricultura também sofreu muito. Os víveres
quase desapareceram, os implementos agrícolas tornaram-se escassos e rudes. A
desolação estava em toda a parte. (64)
Contudo,
devido à inevitável expansão da civilização ocidental, a cultura na
Inglaterra emergiu cada vez mais ampla, apesar do objetivo principal da
conquista jesuíta. Em 1569, o agente do Vaticano, William Allen, estabeleceu um
colégio em Douai (então na parte holandesa espanhola) e, dez anos mais tarde,
uma segunda escola em Roma para o treinamento de missionários jesuítas
destinados à Grã Bretanha. Allan estabeleceu os seus objetivos de maneira
apaixonada: Fizemos o nosso primeiro e avançado
estudo... para instigar na mente dos católicos... o zelo e justa indignação
contra os hereges. Isso fizemos colocando diante dos olhos dos estudantes a
excelente majestade da liturgia da Igreja Católica no lugar em que vivemos. Ao
mesmo tempo mostramos o deprimente contraste que reina no lar.
A desolação chocante de todas as coisas sagradas que lá existem...
nossos amigos e patrícios, todos os nossos amados e incontáveis almas além
desses, perecendo no cisma e na impiedade.
Cada prisão e cárcere completamente lotado, não de ladrões vilões,
mas de sacerdotes e servos de Cristo, ora com nossos pais e patrícios.
Nada há, então, que não devamos sofrer, a não ser olhar para os males
que afetam a nossa nação. (65)
A captura de
Douai pelas tropas calvinistas, em 1578, mandou o colégio jesuíta para o exílio
em Reims, até 1593. Em 1585, um total de 268 graduados havia se infiltrado
secretamente na Inglaterra (66). As personalidades de liderança nesse tempo
eram os agentes Robert Parsons e Edmond Campion, que entraram no país em 1580,
disfarçados como oficiais ingleses. O único evangelho que eles pregavam era a
deposição de Elizabeth. Boehmer declara: Então, sob
diversos disfarces, eles se espalharam de condado em condado, das casa de campo
até o castelo. À noite ouviam as confissões, de manhã pregavam e davam a
comunhão e em seguida desapareciam, misteriosamente, do modo como haviam
chegado (67). Green
acrescenta que entre os seus muitos disfarces eles usavam as ‘togas dos
pastores do clero inglês.’ (68) Calcula-se que
eles tenham ganho vinte mil convertidos (69), um ano após terem chegado à
Inglaterra. Contudo, sua literatura circulante, encorajando o assassinato de
Elizabeth, levou sua missão na Inglaterra a um fim abrupto. Embora Passon tenha
fugido para o continente o ‘padre Campion’ foi capturado e confinado à
Torre de Londres, onde foi severamente ‘torturado’ para que falasse os nomes
dos seus companheiros conspiradores. No dia seguinte, quando o carcereiro lhe
indagou como se sentia, o exausto jesuíta respondeu ‘nada mal, pois nem
tanto’. (70) No dia 01/12/1581,
ele e outros catorze traidores foram enforcados publicamente. Em 1583, o
Papa Gregório XIII formulou um plano para invadir a Inglaterra imediatamente,
com três exércitos – da Irlanda, França e Espanha. Providencialmente, os
agentes da rainha haviam descoberto o complô e medidas preventivas foram
tomadas no sentido de adiar o ataque. (71) Três anos
mais tarde, outro Jesuíta, Jonh Ballard, foi preso por conspirar no sentido de
levar Mary Stuart ao trono, através de um levante geral de católicos na
Inglaterra. Ele e treze outros foram desmembrados e partidos ao meio (rasgados
no tronco). (72) Sessenta e um padres e quarenta e nove leigos seriam enforcados
por conspiração na Inglaterra, nos próximos quinze anos. Com amigos
desse tipo, Mary Stuart não precisava de inimigos. A intensa atividade dos Jesuítas
eventualmente iria custar à futura rainha a sua cabeça, em 1587. Algumas
semanas depois, antes da portentosa execução, o papa Sisto V havia destinado
600.000 coroas de ouro aos cofres militares do rei Philipe, no sentido de
financiar uma invasão imediata à Inglaterra. Nas palavras do Cardeal Allen,
“a rainha usurpadora, herege e prostituta da Grã Bretanha” deveria
certamente ser deposta. (73). Na manhã do
dia 29/05/1588, mais de 27.000 marinheiros e soldados partiram do porto de
Lisboa com 130 navios de guerra, levando uma carga média de 445 toneladas – a
maior frota nos anais marítimos daquele tempo. A destruição
da religião protestante era considerada como uma missão espiritual intensiva.
O slogan oficial da campanha era: “Exurge, domine, et vindica causam tuam”
(Levanta, Senhor, e vindica a tua causa). (74) De fato, um “reavivamento”
havia explodido durante os estágios finais da partida. Prostitutas foram
expulsas, os jogos foram proibidos e a profanidade reduzida ao mínimo. Uma
missa especial foi celebrada e por todos os homens a Eucaristia foi
reverentemente recebida. Várias centenas de monges estavam entre os
passageiros. (75) No dia
19/07/1588, a vanguarda da invencível armada espanhola foi localizada. Apenas
34 navios de guerra e 58 navios que defendiam a Inglaterra, sob o comando de
Charles Lord Howard, assistidos por Sir Francis Drake, haviam se preparado para
destruí-la. O que aconteceu a seguir tem sido considerada como uma das mais
admiráveis demonstrações da intervenção divina em todos os registros da
história. No ano
anterior, Drake havia comandado um ataque de surpresa aos navios espanhóis no
porto de Cadiz e descobrira, em primeira mão, o projeto de construção da
armada. Tendo sido criado no lar de um ministro puritano o destemido “P.
K.”, assegurou à sua rainha: Deus aumente as forças mais excelentes de Vossa
Majestade, tanto no mar como na terra, diariamente... pois, eu penso com
certeza, jamais houve uma força tão poderosa como a que está pronta ou se
prepara contra Vossa Majestade e a verdadeira religião; mas... “o Senhor Todo
Poderoso é mais forte e defenderá a verdade de sua Palavra.”
(76) Desmembrado
pelos menores navios britânicos o Almirante espanhol Medina-Sidônia escreveu,
em desespero, no seu diário de bordo: O inimigo me
persegue; ele me atira fogo da manhã até à noite, porém não nos derrotará...
Não há remédio, eles são rápidos e nós somos vagarosos. (77) Sustentando
mais de 8.000 possibilidades, ao chegar à vigésima sétima, Medina-Sidônia
havia tido prova suficiente. Contudo os mares do norte devorariam muitos
milhares mais, ao longo da rota retirada da tempestade. Vinte e três navios
foram esmagados na costa rochosa, somente na Irlanda. Cerca de 1.100 espanhóis
afogados foram dar nas parias Sligo e os que conseguiram chegar vivos à praia
tiveram suas gargantas cortadas pelos Kernes (a classe mais pobre da
Irlanda). Somente 51
navios, levando dez mil sobreviventes, conseguiram regressar à Espanha. Will
Durant, educado pelos jesuítas, só pôde dizer que ‘os ventos favoreceram
Elizabeth’ (78). Contudo, uma contagem total das perdas inglesas chegou a
60 homens e nenhum navio, chamando a atenção dos homens sábios para
Aquele que ‘criou os ventos’ (Amós 4:13). Nem um simples buraco foi causado
na armada inglesa. Com a
esmagadora derrota da armada, levando Filipe à desolação
(a ajuda de 60.000 coroas papais não haviam podido ajudá-lo),
um projeto mais importante dos Jesuítas iria emergir como último
recurso e arma secreta do Vaticano. A partir de
então o sucesso do protestantismo inglês seria atribuído ao fato dele possuir
a Palavra de Deus na língua pátria. Por isso, em 1582, Roma deu um tácito
endosso ao adágio: ‘se não puder vencê-los, junte-se a eles’, ao preparar
a sua própria versão inglesa do Novo Testamento, conforme entregue pelos
eruditos jesuítas em Reims (O Velho Testamento foi completado em Douai e
publicado em 1610). Essa tendência
ao pragmatismo momentâneo tem sido uma das feições mais marcantes da Ordem
Jesuíta. Norman declara: Como meio de
ganhar de volta as comunidades protestantes para a fé católica eles deram a máxima
atenção ao cultivo dos dons de pregar entre os membros e usaram cada esquema
seguido pela adoração protestante, ou, de outro modo, a fim de popularizar os
cultos das suas igrejas. (79)
Neste ponto,
é importante verificar que a nova Bíblia do papa não foi editada para ajudar
os católicos, mas para destruir os cristãos. Todas os bons papistas ainda eram
obrigados a aderir religiosamente à Profissão Tridentina de Fé (1564), a qual
diz em parte: Reconheço a
Sagrada Escritura, conforme o sentido como a Santa Madre Igreja tem sustentado e
sustenta, e a quem pertence decidir sobre o verdadeiro sentido da interpretação
das Sagradas Escrituras, nem jamais receberei nem interpretarei a Escritura,
exceto quando esteja de acordo com o consenso unânime dos padres.. (80)
Conforme
declarado anteriormente, foi experiência deste autor passar 22 anos na Igreja
Católica (incluindo 12 anos de escola paroquial), sem jamais ter lido um só
verso da Bíblia oficial da Igreja. A “Bíblia”
Douais-Reims foi uma tradução da Vulgata Latina e, portanto, contém as inúmeras
perversões da edição Vaticanus e Sinaíticos. Sendo a educação o seu forte,
os Jesuítas procurariam, minar, daí para a frente, o estudo da Biblia
livremente pelas pessoas comuns. Esse processo
de escrutinar e preservar a Palavra de Deus ficou conhecido como ‘ciência da
crítica textual’. Ao contrário da crença comum, a alta crítica não começou
com os racionalistas alemães, mas com os padres jesuítas. O primeiro
erudito a empregar métodos científicos aos assim chamados problemas textuais e
literais da Bíblia foi o padre católico chamado Richard Simon (1638-1712). O
Dicionário Oxford declara que ele foi:
Erudito Bíblico.
De 1662 a 1678, ele foi membro do Oratório Francês. Sua ‘História Crítica
do Velho Testamento’ (1678), argumentando a partir da existência de registros
duplos do mesmo incidente e variações de estilo, nega que Moisés tenha sido o
autor do Pentateuco. Ele é geralmente considerado o fundador da “Crítica do
Velho Testamento”. Notem como os editores de
Oxford omitiram completamente as credenciais católicas
de Simon. Pelo registro, Simon obteve os seus ‘insights’
do filósofo judeu, não cristão, Baruque Spinoza (1632-1677). A próxima
personalidade ligada aos fundamentos católicos da crítica textual foi o Pe.
Jean Mabillon (1632-1707). O Dicionário Oxford apresenta-o como ‘o marista
(beneditino) mais erudito e cheio
de discernimento’ (83). Em resposta a uma controvérsia sobre a legitimidade
de certos documentos da Igreja, Mabillon publicou a sua obra Latin Paleography
in Official Documents.
Outro beneditino, o Pe. Bernard
Montfaucon (1655-1741) fez uma aplicação negativa das leis de Mabillon ao
Textus Receptus, intitulada Paleographic Gracea, e publicou-a em Paris, em 1708.
O médico e teólogo católico, Jean Astruc, (1684-1766), foi o próximo
crítico a entrar em cena e decidiu que dois homens diferentes haviam escrito o
Pentateuco. Em sua obra,
Conjectures sur les Memoires Originaux (Conjecturas sobre as Memórias
Originais), não parece ter sido Moisés o único compositor do Livro de Gênesis.
Em 1753, Astruc mencionou que Gênesis fora composto com fragmentos de outros
documentos. (84) Através
desses anos turbulentos os Jesuítas fizeram novas incursões dentro dos mais
altos escalões do governo. Em 1642, o pró-Vaticano, Charles I (1600-1649)
mergulhou a nação numa guerra civil. Ele foi preso, julgado por traição e em
30/01/1649 foi decapitado pelo seu crime. Charles
II, fanaticamente católico, mandou desenterrar o corpo de Oliver Cromwell e
decapitá-lo, em 1660. Tendo estabelecido solidamente a ciência da crítica
textual, Roma passou o bastão aos velhos eruditos ortodoxos alemães do Século
XVIII, já falecidos. O Dicionário Oxford diz a respeito de Johann Solomo
Semler (1725-1791) o seguinte: ... Ele foi um dos primeiros teólogos
alemães a aplicar o método histórico- crítico para estudar a Bíblia., tendo
chegado a algumas conclusões novas
e não ortodoxas. (85) A escola jesuíta
especial em Roma, o Collegium Germanicum, fundada para o treinamento de
‘missionários’ destinados à
Alemanha, fez um trabalho muito bem feito. O Pe. Johann Adam Mohler (1796-1838),
professor de História e Teologia em Tübingen e Munique (a Roma Alemã),
foi a força propulsora desse tempo. Pendendo para os mais destrutivos
objetivos da mais alta crítica, um teólogo após outro foi começando a
questionar a ‘exatidão científica’ da Bíblia Sagrada. Uma pequena lista
desses liberais poderia incluir os
seguintes: Ferdinand
Christian Baur (1792-1860). Wilhelm
Martin Leberecht Dewette (1780-1849). Johann
Gottfried Eichhorrn (1752-1827). Heinrich
Georg August Ewald (1803-1875). Heinrich
Friedrich Wilhelm Gesenius (1786-1842). Johann
Gottfried Herder (1744-1803). Hermann
Hupfeld (1796-1866). Gotthold
Ephraim Lessing (1729-1781). Johann
David Michaelis (1717-1791). Herman
Samuel Reimarus (1694-1768). Friedrich
Daniel Ernst Schleiermacher (1768-1834). David
Friedrich Strauss (1808-1874). Julius Wellhausen
(1844-1918). No sentido de
eliminar a narrativa bíblica da Criação, a primeira dupla do exército satânico
constituída de Charles Darwin (1809-1882) e Thomas Huxley (1825-1893)
aterrizou para dar vida às teorias evolucionistas do Século IV, de Orígenes
& Cia. As obras de Darwin, A Orígem das Espécies (1859) e A
Descendência do Homem (1871), e as obras de Huxley, Evidências Zoológicas
Quanto ao Lugar do Homem na Natureza, (1863), e A Base Física da Vida (1868),
propagaram a bobagem não científica referente à matéria e energia de que o
universo é auto-existente e eterno. O conceito de que nada se cria é, sem dúvida,
uma rejeição da primeira e segunda leis da
Termodinâmica. Na ausência
de um Ser Supremo, o único que pode exigir um código de absolutos morais, o
homem pode entronizar a sua própria inteligência
como autoridade final. A
filosofia destrutiva das situações
éticas seria a conseqüência natural
dessa tolice. Depois de
eliminar a origem divina do homem, o próximo passo, logicamente, seria eliminar
o seu meio de subsistência. Aí entra Karl Marx
(1813-1883) e Friedrich Engels (1820-1895). Tendo em vista que Marx
jamais trabalhou em sua vida, pelo menos um dia, suas arrogantes declarações
de “Trabalhadores e Camponeses em União Mundial” soa muito falsa. Em
verdade, como um estudante profissional e quase jornalista, Marx incorporava os
dois grandes ramos do Comunismo, o qual viria propagar a subliteratura – Mídia
e Universidade. Baseando o seu
Manifesto Comunista nos escritos de Darwin, Marx acreditava na abolição da
propriedade privada (Platão), na abolição do casamento e da família (Platão)
e na abolição do Estado de governo (Platão). A assim chamada igualdade na
distribuição das riquezas advogada em “O Capital”, poderia ser reduzida à
máxima de fundo de quintal – roube o que desejar (A República, de Platão).
Alguns dos positivos resultados de sua economia revolucionária foram:
O graduado Imposto de
Renda. O controle de armas Educação compulsória
Sociedade sem classes
Bem estar geral Mas também
devemos mencionar a Rebelião de Taipé (1850), a Guerra da Criméia (1853), a
Guerra Civil Americana (1861-1865), a Guerra Franco-Prussiana (1870) e duas dúzias
de outros conflitos que antecederiam a II Guerra Mundial. Alguém já
disse que não se pode separar a origem animal da conduta animal e que a conduta
animal deve ser controlada por um zoológico.
Então fica sem resposta a pergunta: E quem vai dirigir o zoológico?
Parafraseando uma das sentenças
finais da “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell: “alguns animais são
mais idênticos do que outros”. A terceira
linha de ataque foi centralizada nas assim chamadas universidades ‘cristãs’
da Inglaterra. Os culpados principais nesse empenho foram Edward Bouverie Pusey
(1800-1882) e Frederick Denison Maurice (1805-1872). Pusey é culpado (junto com
John Keble) de fechar os olhos ao
Movimento Pró-Católico em Oxford
(também conhecido como Tractarianismo), dentro da Igreja Anglicana. A partir de
sua posição de Régio Professor de Hebraico em Oxford e de Cânon da Igreja de
Cristo, Pusey procurou restaurar na alta constituição da Igreja doutrinas tais como a da confissão auricular
e a transubstanciação. (86) Frederick
Maurice foi professor de teologia no King’s College, até ser demitido pela
negação do inferno em seu “Ensinos Teológicos” (1853). Mais tarde ele foi
“pescado” pela Universidade de Cambridge
e aí foi instalado como Professor-Assistente de Teologia Moral. Você
ficou surpreso por ter uma universidade com a reputação de Cambridge se
interessado por um apóstata juramentado como o Dr. Maurice? Pois não deveria.
Décadas de infiltração jesuíta haviam tornado isso possível. Uma das mais
conhecidas crias dos Jesuítas nesse período foi o Cardeal John Henry Newman
(1801-1890). Seus seguidores, como Frederick William
Faber (1814-1863), haviam rotulado as pregações de companheiros
ingleses, como Booth, Whitefield e Wesley, como ‘heresia detestável e diabólica’.
Sem dúvida, sua influência também se espalhou na política inglesa. O Ato de
Emancipação de 1829 havia tornado legal a eleição de católicos romanos ao
Parlamento Inglês. Após anos de difusão da propaganda pró-Vaticano dentro da
Igreja Anglicana, esse professor de Oxford, finalmente, ‘mudou de barco’ e
foi-se para Roma, onde lhe foi concedido o chapéu cardinalício, em 1879. A
parte triste dessa história é que, depois de um ano da sua saída, mais de 150
clérigos e leigos também foram se juntar a ele. Nesse tempo, a
crítica textual destrutiva já estava em toda parte, permeando a Inglaterra
inteira com a pergunta; Será que Deus disse? John William Colenso (1814-1883), bispo de Natal,
questionou abertamente a autoridade do Pentateuco e de Josué. Ele era um
erudito, na Igreja Livre de Aberdeen, Escócia. Depois de lhe mostrarem a porta
da rua pelos seus artigos na nona edição da Enciclopédia Britânica, que
repudiavam a doutrina da Inspiração, ele também foi absorvido por Cambridge.
Colenso também advogou a posição herética de J. Williamsen sobre o
Pentateuco.. (88) Samuel Rolles
Driver (1846-1914) foi Professor Regente de Hebraico em Oxford. Suas credenciais
intelectuais levaram muitos a questionar que Moisés fosse o autor de
Deuteronômio. (89) Benjamin
Jowett (1817-1893) era professor no Balliol College, também em Oxford. Seu
ensaio “A Interpretação da Escritura” em “Ensaios e Revistas”
desencadeou uma tempestade de controvérsias
no meio dos ortodoxos de Oxford. Dizem que o seu legado mais importante
foi a tradução de Platão, em 1871. (90) Rowland
Williams (1817-1870) foi um notório Anglicano Divino, perseguido por sua
heterodoxia em seus artigos sobre a crítica da Bíblia, em Ensaios e Revistas.
Sentenciado pela Corte de Arches a um ano de suspensão, a sentença foi mais
tarde anulada pelo Comité Pró-Jesuíta do Concelho Privado, em 1864.
(91) Henry Perry
Liddon (1829-1890) era Cânon na Catedral de São Paulo, Deão na Irlanda e professor de Exegese em Oxford. Como
ostensivo aprovador do Tractarianismo, ele passou 1/4 de século promovendo os
dogmas católicos dentro da Igreja
Anglicana. Sua intensa admiração por Pusey levou-o a escrever a biografia
deste. (92) Entre as
muitas centenas de protestantes ingleses que
se voltaram para Roma, através de Wiseman, as três ‘conversões’ mais
injuriosas foram as do Primeiro Ministro, William Galdstone (1809-1898), do
Arcebispo Richard Chenevix Trentch (1807-1886) e do já mencionado, Cardeal
Newman. Poderíamos,
sem dúvida, acrescentar muitos
outros a essa lista, mas basta dizer que a Sociedade de Jesus estava viva e
forte dentro do que havia sido o mais forte bastião da ortodoxia inglesa. Em
vez de buscar a direção Divina, esses traidores de Cristo foram buscar os
seguimentos do Vaticano. Para ficarmos
mais familiarizados com a apostasia dentro da Igreja Anglicana, precisamos
entender o que se passava nas mentes das forças que exigiram e participaram do
Comitê de Revisão, de 1871 a 1881. Homens como o Arcebispo de Trentch e outros
simpatizantes de Wiseman, laboraram durante uma década
para substituir a leitura da Bíblia pela leitura da versão
Douai-Reims dos Jesuítas. De fato, a
Universidade de Cambridge havia ido tão longe
no tempo do Comitê de Revisão, que seguiu a liderança de Karl Marx, o
qual havia dedicado seu ‘O Capital’ a Charles Darwin, quando conferiu ao
naturalista não salvo o grau de Doutor Honoris Causa.. (94) Agora o leitor
certamente já se conscientizou da influência jesuíta na América,
principalmente em seus centros de ‘erudição conservadora cristã’.
Acrescento a visão crítica do Dr. Norman Geisler, que rejeita Marcos
16:9-20. Além de co-autor, com William Nix, de “Uma Introdução Geral à Bíblia”,
o Dr. Geisler também tem ensinado Teologia Sistemática no prestigiado Seminário
Teológico de Dallas, bem como na Universidade Liberdade. Obviamente, a preferência
deste erudito ‘protestante’ pelo texto católico reflete a sua fixação
pelo Vaticano. Talvez pelo fato de ter ele se esforçado em seu treinamento
evangélico no sentido de merecer o seu PhD da Universidade Loyola, uma das
principais escolas jesuítas da América, possa indicar a causa dessa predileção
(95). Decida por você mesmo!”
Enquanto certos pastores ‘evangélicos’ ficam inventando modismos, a fim de
atrair membros para as suas igrejas, com o objetivo de receber o máximo
possível em dízimos e ofertas, os inimigos da Bíblia ficam engendrando
falsificações.
Numa época em que os protestantes se unem aos católicos em campanhas
tipo a da “Fraternidade” e outras, não é de estranhar que a apostasia
comece a reinar dentro do rebanho de Cristo e logo, logo, teremos uma Igreja
Mundial operando com toda força. Ora, vem Senhor Jesus!
Tradução
e adaptação do Cap. 13 do livro “Final Authority”, do Dr. William P. Grady. Envie-nos seu comentário, sugestão ou mensagem para:
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